A relação do homem com os animais, tem início em tempos remotos, desde a pré-história, quando os animais eram utilizados como forma de proteger o território, dando auxílio à caça, transporte de cargas e humanos. O homem sempre dependeu de interações com outras espécies para a sua sobrevivência, principalmente da predação. Conforme essa interação foi se desenvolvendo, os animais foram domesticados.
Com o passar do tempo, surgiram na área da saúde, ideias a respeito da utilização de animais como recurso terapêutico. No Brasil, em meados da década de 1950, foram utilizados animais para tratamento de pessoas em um hospital psiquiátrico no Rio de Janeiro. Nos últimos anos, vários profissionais da saúde, estão utilizando animais como recurso de tratamentos físicos e psíquicos. Os benefícios da convivência com animais de estimação são físicos, psíquicos e sociais.
Além da companhia, que diminui a sensação da solidão, os animais de estimação proporcionam melhoria da qualidade de vida das pessoas, promovendo estado de felicidade para seus tutores, interação social entre tutores em uma caminhada, por exemplo, alívio para a situação tensa, funcionando como uma válvula de escape em momentos aflitivos ou tensos, combatendo o estresse, a ansiedade e a depressão. O carinho e a atenção recebidos dos animais podem elevar a autoestima e a autoconfiança, promovendo o bem-estar mental.
O contato com esses animais, libera hormônios como oxitocina e dopamina, que combatem o estresse e a ansiedade. Acariciar, brincar ou simplesmente observar sua presença calma e relaxante, pode reduzir significativamente os níveis de cortisol, o hormônio do estresse. Cuidar de um animal de estimação cria uma rotina estruturada, com horários para alimentação, passeios e brincadeiras. Essa rotina contribui para a organização e o senso de responsabilidade, aspectos importantes para a saúde mental.
Mas é importante ressaltar que a adoção de um animal de estimação deve ser um ato consciente e responsável. É preciso avaliar as condições de vida e a rotina para garantir que o animal tenha os cuidados necessários para viver com saúde.
No caso de problemas com saúde mental, o acompanhamento profissional com psicólogos ou psiquiatras é fundamental. O convívio com animais de estimação pode ser um complemento valioso no tratamento, mas não substitui a ajuda especializada.
Referências:
COSTA, E. C., JORGE, M. S. B., DE ALBUQUERQUE SARAIVA, E. R., & DE LIMA COUTINHO, M. D. P. Aspectos psicossociais da convivência de idosas com animais de estimação: uma interação social alternativa. Psicologia: teoria e prática, 2009.
GAZZANA, C., & SCHMIDT, B. Novas configurações familiares e vínculo com animais de estimação em uma perspectiva de família multiespécie. Terceiro Congresso de Pesquisa e Extensão da Faculdade da Serra Gaúcha, 2015.