Pelo fim da violência
A campanha Agosto Lilás é um movimento nacional essencial no combate à violência contra a mulher, grave violação de direitos humanos e da dignidade feminina. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, casos de agressão e feminicídio continuam alarmantes, exigindo ações urgentes. A violência de gênero vai além da agressão física, inclui abusos psicológicos, patrimoniais, sexuais e morais, comprometendo saúde física e mental (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE). O Instituto Maria da Penha, reforça que é preciso investir em transformação cultural e educação para a igualdade desde cedo, para romper padrões abusivos e promover uma sociedade mais justa.
O enfrentamento exige pilares fundamentais como a prevenção, o acolhimento especializado e a responsabilização dos agressores. Acesso rápido a serviços de saúde, assistência social, segurança pública e justiça é determinante para garantir proteção imediata. O apoio psicológico, ajuda na superação de traumas, recuperação da autoestima e reconstrução da vida (OLIVEIRA, SILVA E SILVA). Além disso, conforme expõe Cardoso, ações comunitárias de conscientização fortalecem vínculos sociais, incentivam denúncias e criam redes de proteção. Essas medidas são essenciais para quebrar o ciclo da violência e oferecer esperança às vítimas.
Agosto Lilás vai além de uma simples campanha, sendo um chamado à ação de toda a sociedade. Cada cidadão pode contribuir, seja por meio de denúncia, apoio emocional, divulgação de informações ou participação em iniciativas comunitárias. A mudança cultural depende do engajamento coletivo e do compromisso das instituições públicas e privadas. A luta contra a violência de gênero é diária e urgente, pois envolve garantir segurança, dignidade e liberdade para todas as mulheres. Unir forças é o caminho para um futuro em que nenhuma mulher sofra por violência apenas por ser mulher.
Referências
CARDOSO, L. R. Estratégias Comunitárias no Combate à Violência Doméstica. Revista Brasileira de Políticas Públicas,2024.
FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. Anuário Brasileiro de Segurança Pública. 2024.
INSTITUTO MARIA DA PENHA. Violência contra a mulher: um guia para aprofundamento. 2023.
OLIVEIRA, J. R.; SILVA, M. C.; SILVA, J. R. Psicoterapia Humanística de Grupo para Mulheres Vítimas de Violência Doméstica: um ensaio controlado randomizado no Brasil. O Psicólogo Humanista, 2019.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Estimativas de prevalência da violência contra as mulheres. 2021