Os pensamentos automáticos são ideias que surgem espontaneamente e instantaneamente na mente, sem que se faça um esforço consciente para pensá-los. Geralmente, podem ser influenciados por crenças e experiências passadas. Frequentemente, são rápidos, involuntários e difíceis de controlar. Eles podem ser positivos (funcionais) ou negativos (disfuncionais). Em suma, os pensamentos automáticos são breves lampejos que surgem sem aviso prévio, moldando as emoções e os comportamentos.
Pensamentos automáticos funcionais são pensamentos espontâneos que ajudam a responder efetivamente às situações do dia a dia, facilitando a tomada de decisões e a resolução de problemas. Já os pensamentos automáticos disfuncionais são associados a emoções negativas e podem alimentar sentimentos de ansiedade, tristeza, raiva, culpa e baixa autoestima. Eles podem perpetuar transtornos psicológicos como depressão, ansiedade social, fobias e transtorno de personalidade borderline.
A psicoterapia oferece ferramentas para lidar com os pensamentos automáticos de forma eficaz. Através de diferentes abordagens, o profissional de saúde mental, psicólogo ou psiquiatra, auxilia o paciente a identificar, avaliar e reestruturar os pensamentos disfuncionais por alternativas mais realistas e positivas, ou seja, oferece ferramentas para desafiar crenças negativas, construir pensamentos mais saudáveis e alcançar uma vida mais plena e significativa.
Referências:
BECK, JUDITH S. Terapia cognitivo comportamental: teoria e prática. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2022.
NEGRELLI, S. C. Terapia cognitivo comportamental e o tratamento do transtorno de ansiedade. Revista Uningá, Maringá, 2019.
ROUBUSTE, L. DA S.; LÜDTKE, L. Distorções cognitivas: revisão de literatura sobre falhas de processamento segundo teorias cognitivo-comportamentais. Sobresp, Santa Maria, 2015.