O termo nomofobia foi criado no Reino Unido, Inglaterra, até o ano 2008 ainda não existia. A palavra nomofobia é uma palavra do mundo moderno, ela não veio do latim ou do grego, pois foi preciso a existência dos computadores, internet, celulares, mídias sociais, jogos digitais e dos transtornos decorrentes desses dispositivos tecnológicos, para a sua criação.
Portanto, a nomofobia é considerada um transtorno da sociedade virtual e digital contemporânea e se refere à ansiedade, desconforto, nervosismo, angústia, tremores, suor, entre outros, causados pela falta de contato com o computador, com o telefone celular, ou outros aparatos digitais, ou seja, ficar off-line.
Mesmo que a nomofobia não tenha sido incluída no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), mais atenção tem sido dada aos efeitos psicopatológicos das novas tecnologias e o interesse crescente nesse tema, com atenção e cuidado para não codificar os comportamentos normais como patológicos.
A dependência patológica se manifesta em indivíduos que quando ficam sem seu objeto de dependência, acabam apresentando sintomas e alterações emocionais e comportamentais. As pessoas que tendem a desenvolver a nomofobia, geralmente, são aquelas que apresentam um perfil dependente, ansioso, inseguro e com predisposição aos transtornos de ansiedade.
As consequências da nomofobia podem afetar a saúde mental e coletiva do indivíduo, comprometendo as relações pessoais, sociais e familiares, prejudicando as atividades diárias, acadêmicas, aumentando o risco de outros problemas psicológicos, como depressão, isolamento e baixa autoestima.
As formas de tratamento da nomofobia envolvem a busca por ajuda profissional, como psicólogo ou psiquiatra, que irá avaliar o grau de dependência e indicar as melhores estratégias para superar o medo e a ansiedade. A psicoterapia pode ser uma ferramenta importante para tratar a nomofobia, pois pode ajudar o indivíduo a entender as causas e os efeitos do seu comportamento, a desenvolver habilidades de enfrentamento e a resgatar sua autonomia e autoconfiança.
Referências:
AVILA, DAVID FERNANDES; PINHO, MATHEUS FLORIANO. Nomofobia relacionada ao cotidiano. Revista Prociências, 2020.
KANG, SHIMI K. Tecnologia na Infância: criando hábitos saudáveis para crianças em um mundo digital. 1ª ed. São Paulo: Editora Melhoramentos, 2021.
PAPALIA, DIANE E.; MARTORELL, GABRIELA. Desenvolvimento Humano. 14ª ed. Porto Alegre: AMGH Editora, 2022.