Março terminando, mas é importante que sua essência permaneça. Um mês que celebrou no dia 8 de março, a força, a luta e a voz das mulheres, deixando sementes de transformações. Essa data é um convite também à reflexão sobre as conquistas históricas e os desafios que ainda persistem. Muitas destas conquistas, inegavelmente, foram alcançadas como o direito ao voto, a inserção no mercado de trabalho, leis contra a violência doméstica, como a Maria da Penha e avanços na discussão sobre equidade salarial. No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer. Mulheres, especialmente negras, indígenas e LGBTQIAP+, enfrentam diariamente o machismo estrutural, a falta de representatividade em cargos de poder, a sobrecarga de trabalho doméstico e a violência de gênero, que segue como uma triste realidade.
Além dos direitos políticos e sociais, é fundamental discutir o cuidado integral das mulheres, que vai além da saúde física. A saúde mental é frequentemente negligenciada em uma sociedade que exige multitarefas e perfeição. Ansiedade, depressão e esgotamento são comuns em meio à pressão de ser mãe, profissional, cuidadora e ainda atender a padrões de beleza irreais. Diante disso, a sororidade feminina, que se refere a união e apoio entre mulheres, é essencial, criando redes de acolhimento onde uma escuta sem julgamentos pode salvar vidas. Juntas, as mulheres podem transformar suas experiências dolorosas em potência, assim, são fortalecidas, tendo recursos para enfrentar desafios.
Em suma, março deve ser um convite à conscientização e à luta coletiva, mas não se resume a uma data específica, mas é um compromisso diário. Que o mês sirva como um lembrete para celebrar as conquistas, mas também para reforçar a busca por um futuro em que todas as mulheres possam viver com dignidade, respeito e plenitude. Cuidar da saúde física, mental e espiritual é uma necessidade e não deve ser ignorada. Quando as mulheres se unem, rompem ciclos de opressão e constroem um mundo mais justo.
Referências Bibliográficas:
HIRATA, H. Gênero, patriarcado, trabalho e classe. Trabalho Necessário, 2018.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. O Dia Internacional da Mulher e a Luta por Igualdade: Reflexões e Compromissos, Em:https://www.gov.br/ibc/pt-br/assuntos/noticias/o-dia-internacional-da-mulher-e-a-luta-por-igualdade-reflexoes-e-compromissos. Acesso em 25 de março de 2025.