Os transtornos alimentares (TA) são condições caracterizadas por distúrbios graves e persistentes nos comportamentos alimentares, pensamentos e emoções angustiantes associados. Podem ser condições muito graves, como mencionado, que afetam a função física, psicológica e social.
De forma sucinta, os principais tipos de TA incluem a anorexia nervosa, caracterizada por restrição alimentar e medo intenso de ganhar peso; a bulimia nervosa, com episódios de compulsão alimentar em curto espaço de tempo, seguidos por comportamentos compensatórios como vômito autoinduzido; e o transtorno de compulsão alimentar periódica, onde ocorrem episódios de ingestão excessiva de alimentos sem comportamentos compensatórios.
Os sinais de alerta podem variar, mas geralmente incluem isolamento social, mudanças abruptas nos hábitos alimentares, prática excessiva de atividade física, alterações no peso, comportamentos compensatórios como vômitos e uso de laxantes. Sintomas emocionais como preocupação excessiva com o peso e imagem corporal, alterações de humor e baixa autoestima também são comuns.
O diagnóstico e o tratamento precoce são associados a uma maior taxa de recuperação. O tratamento é multidisciplinar, envolvendo médicos, nutricionistas e psicólogos. Embora o caminho seja árduo e desafiador, a recuperação do TA é possível com o tratamento adequado. A psicoterapia é crucial, ajudando o indivíduo a desenvolver estratégias para melhorar a relação com a imagem corporal, controlar episódios de compulsão, aumentar a autoestima e modificar crenças associadas ao transtorno.
Referências:
MANUAL DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICO DE TRANSTORNOS MENTAIS: DSM-5 (5ª ed.). Artmed, 2014.
MAIA, B. B., CAMPELO, F. G., RODRIGUES, E. C., OLIVEIRA-CARDOSO, E. A., & SANTOS, M. A. Percepções dos profissionais de saúde no cuidado às pessoas com anorexia e bulimia nervosa: revisão sistemática e metassíntese de estudos qualitativos. Cadernos de Saúde Pública, 2023.
ROSA, B. P., & SANTOS, M. A. Comorbidade entre bulimia e transtorno de personalidade borderline: Implicações para o tratamento. Revista Latino americana de Psicopatologia Fundamental, 2011.