A decisão de ser mãe ou não é uma das mais importantes e complexas que uma mulher pode enfrentar. É uma escolha que vai além dos aspectos biológicos e se funde a diversos aspectos da vida, como sonhos, aspirações, valores, contexto social e econômico, entre outros.
Historicamente, a maternidade foi na maioria das vezes, vista como um destino natural e inevitável para as mulheres. No entanto, essa visão vem sendo mudada e questionada. Cada vez mais, as mulheres reivindicam o direito de tomar decisões autônomas sobre seus corpos, vontades e ambições, incluindo a escolha de ter ou não filhos.
Diversos fatores contribuem para essa mudança de paradigma como o maior acesso à educação e à informação, o aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho, a crescente valorização da realização pessoal e profissional e a evolução das relações de gênero.
Diante disso, é importante reconhecer que a maternidade não define a feminilidade. Ser mulher vai muito além da capacidade de gerar vida. Cada mulher tem o direito de escolher seu próprio caminho e decidir se a maternidade faz parte dele.
O fundamental é que a mulher tenha a liberdade de tomar sua própria decisão sobre a maternidade, sem julgamentos ou pressões externas. A escolha de ter ou não filhos é uma decisão pessoal e que deve ser respeitada.
Referências:
FOUCAULT M. História da Sexualidade 1: a vontade de saber. 3ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2015.
LEITE TH. Análise crítica sobre a evolução das normas éticas para a utilização das técnicas de reprodução assistida no Brasil. Cien Saude Colet, 2019.
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