O título deste texto “Falar das angústias é o início do alívio psíquico”, traz uma verdade fundamental sobre a saúde mental, ou seja, a importância de expressar os sentimentos e emoções, especialmente aqueles que causam desconforto ou dor.
Sigmund Freud, pai da psicanálise, logo no início de suas pesquisas, observou que seus pacientes, ao recordar e relatar acontecimentos traumáticos que ocorreram durante o seu desenvolvimento, acabavam melhorando sua condição mental.
Experiências negativas tendem a ficar guardadas de forma quase inacessível, sem receberem a devida atenção, sem serem elaboradas adequadamente, ficando negligenciadas, podendo gerar sentimentos angustiantes.
A angústia é uma emoção complexa que pode ser difícil de entender e ainda mais difícil de expressar. Pode ser o resultado de uma variedade de fatores, incluindo estresse, trauma, perda, depressão, ansiedade, entre outros. Quando esses sentimentos são prolongados e guardados, podem se acumular e se tornar esmagadores, levando a um maior sofrimento psicológico.
Portanto, apesar de muitas pessoas sentirem vergonha ou receio de buscar ajuda profissional para discutir suas angústias, é importante que elas o façam. Esse é o primeiro passo.
Quando se compartilha sentimentos tem-se uma sensação de alívio e de estar menos sozinho. A psicoterapia pode ser um recurso poderoso neste processo, fornecendo as ferramentas, o apoio necessário e desenvolvendo estratégias de enfrentamento. A psicoterapia oferece também um espaço seguro e acolhedor para explorar essas emoções difíceis.
Não hesite em buscar ajuda quando precisar.
Referências:
BEJAR, Regina. Dor psíquica, dor corporal: uma abordagem multidisciplinar. São Paulo: Blucher, 2017.
DEJOURS, C. Psicossomática e teoria do corpo. São Paulo: Blucher, 2019.
FREUD, S. Inibições, Sintomas e Ansiedade (1926). Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud, 20. Rio de Janeiro: Imago, 1986.