Transtorno de Pânico (TP)

 

 

Quem já passou por uma situação de ataque de pânico, relata que é simplesmente uma experiência aterrorizante. O Transtorno de Pânico (TP) apresenta-se clinicamente com frequência, sendo altamente incapacitante na área dos transtornos de ansiedade. Transtorno do Pânico afeta mais mulheres que homens, atingindo cerca de 3,5% da população.

De acordo com Rangé (2011), o episódio é marcado por um aumento acelerado da sintomatologia física da ansiedade, taquicardia, sensações de falta de ar, tremores, sudorese, tonteiras, vertigens, náuseas, formigamentos etc, que é percebido pelo indivíduo como extremamente ameaçador, sem que exista um perigo real, sugerindo morte iminente por ataque cardíaco ou asfixia, perda de controle, loucura, desmaio, etc. Sendo também observado que a perturbação do referido transtorno, não é em decorrência de uso de substâncias como drogas, medicamentos ou a perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental, como transtorno de ansiedade social, fobia específica, transtorno obsessivo-compulsivo, dentre outros (DSM-5).

Segundo Delgalarondo (2019), denomina-se o quadro de transtorno de pânico caso as crises sejam recorrentes, com desenvolvimento de medo de ter novas crises. O transtorno de pânico pode ou não ser acompanhado de agorafobia, ou seja, muito desconforto e fobia de lugares amplos e aglomerações.

É comum que indivíduos com TP passem por vários médicos de diferentes especialidades, demorando anos antes que o diagnóstico correto seja feito. Gradativamente, o paciente vai limitando sua mobilidade e sua autonomia. Sua vida pessoal, familiar, afetiva, social, profissional e financeira chega a ser gravemente afetada. Sente-se incapaz de sair sozinho e, às vezes, até acompanhado.

O tratamento mais utilizado é a psicoterapia e em casos necessários, o uso psicofármacos prescritos pelo médico, visando sempre a melhora na qualidade de vida do indivíduo.

 

Referências:

DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2019.

MANUAL DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICO DE TRANSTORNOS MENTAIS: DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

RANGÉ, B. Psicoterapias cognitivo-comportamentais: um diálogo com a psiquiatria. 2° Ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.

 

 


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