Doenças Psicossomáticas

 

 

A palavra psicossomática deriva dos termos gregos psyche e soma, que querem dizer mente e corpo, respectivamente. Doença psicossomática também conhecida como somatização ou transtorno somatoforme, são desordens emocionais ou psiquiátricas que afetam funcionamento dos órgãos do corpo, podendo emergir a partir de fatores estressores diversos. Esses fatores estressores ocorrem em três fases: alarme, resistência e exaustão. Para caracterizar o estresse, cada fase não precisa chegar à exaustão necessariamente, isso ocorre somente nas situações mais graves. Os distúrbios psicossomáticos são uma realidade que vem se ampliando na sociedade atual.

Sua origem psíquica, diz respeito aos diferentes sofrimentos que podem vir a desencadeá-los, quanto na sua expressão somática, podem causar condições como a hipertensão, dor, herpes, diarreia, gastrite, doenças respiratórias e de pele, enxaqueca, etc, acometendo órgãos que diferem de pessoa para pessoa. Os órgãos do corpo poderão sofrer lesões e distúrbios de função toda vez que os processos mentais apresentarem desequilíbrio, precipitando assim, o início dos sintomas, agravamento ou se tornar recorrente.

Segundo pesquisas da ala psiquiátrica do Hospital Santa Monica de 2020, existem alguns fatores que exercem influência considerável na origem das doenças psicossomáticas, tais como: questões genéticas e fisiológicas, como maior sensibilidade à dor, trauma sofrido, influência ambiental em relação à visão da vida, de forma positiva ou negativa, tendência à negatividade e aos distúrbios de personalidade, menor controle das emoções ou dificuldade no processamento dos problemas psicológicos, o que faz a pessoa supervalorizar a dor física, transtorno de ansiedade e depressão crônica, preocupação incomum com possíveis doenças futuras, sensação de que a avaliação clínica, diagnóstico ou o tratamento médico estão inadequados, tendência a interpretar sensações físicas consideradas normais como um provável sinal de doença física grave ou incurável, dentre outros.

Esses distúrbios podem ser solucionados mediante intervenções terapêuticas adequadas. Tanto o acompanhamento médico e o psicoterápico permitem ao paciente uma maior consciência sobre o sofrimento que desencadeia nele os efeitos sintomatológicos físicos gerados por fatores emocionais, além de focar em medidas que auxiliem na redução do estresse, visando uma melhora na qualidade de vida.

 

 

Referências: 

ÁVILA,  L.  A.  O  Corpo,  a  Subjetividade  e  a  Psicossomática. Tempo  Psicanalítico, 2012.

FIGUEIREDO, I.  Fenômenos psicossomáticos: o manejo da transferência. Curitiba: Appris, 2016.

CUNHA, Simone. Os 10 transtornos mentais mais comuns, seus sinais e como tratá-­los. Viva Bem, 2020.

ZENKLUB. Doença psicossomática: o que é, quais os tipos, sintomas e tratamento? 2018.