Algumas pessoas compram por necessidade (comida, bebida, medicamento etc.), outras por moda, status, diversão, apelos do mercado onde o cérebro é diariamente refém de gatilhos mentais, aos quais muitas vezes não se percebe que aquele cenário ou situação são convidativos a fazer com que usuários consumam cada vez mais.
Os fatores biológicos, psicológicos e sociais têm papeis importantes no hábito de comprar. Há quem compre por estar triste, deprimido, insatisfeito e há quem o faça exatamente por motivos contrários, por estar alegre, celebrando ou comemorando algum acontecimento.
Por outro lado, existem aqueles que compram puramente pelo prazer de comprar, sem levar em consideração a utilidade ou necessidade do objeto. Estes são chamados de compradores compulsivos. Grande parte das pessoas acham que têm compulsão por compras, mas o que elas experenciam são apenas alguns episódios de exagero. Compulsão por compras é séria, deve ser tratada por médico e psicólogo.
O consumo compulsivo é denominado de oniomania, nome dado pelos especialistas ao transtorno que gera um impulso incontrolável e constante de comprar produtos de forma exagerada, ou seja, a pessoa é viciada em compras, o que pode acarretar diversos problemas financeiros, jurídicos, sofrimento psíquico (ansiedade, depressão e outros), sentimento de culpa e conflitos interpessoais.
Algumas condições psicológicas associadas às compras compulsivas são: incapacidade de tolerar sentimentos negativos, necessidade de preencher um vazio interior, procura de prazer, emoção e excitação, procura de aprovação, personalidade impulsiva etc, uma vez que comprar algo tem a função de amenizar uma decepção sofrida, aliviar um sentimento de frustação, uma carência, solidão, dentre outros. Comprar compulsivamente tem um efeito similar ao vício em álcool ou outras drogas.
O tratamento médico é necessário, em alguns casos existirá a indicação do uso de medicação. Aliado ao tratamento médico, o acompanhamento psicológico é de extrema importância, uma vez que as compulsões normalmente vêm associadas a transtornos de ansiedade ou à depressão. Através da psicoterapia o individuo terá suporte para identificar alguns gatilhos que podem desencadear a compulsão e aprender a lidar com ela de forma mais tranquila, minimizando o estresse.
Referências:
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PRADO, Mateus Ferraz. A influência de fatores psicológicos e comportamentais no risco de crédito: uma abordagem à luz da psicologia econômica. 2012.
SILVA, RB; CARVALHAES, FF. Consumo e felicidade na contemporaneidade. Revista Espaço Acadêmico, 2016.