Workaholic: Trabalhador “Viciado” em Trabalho

 

 

Notadamente, vivemos em uma sociedade onde o trabalho faz parte integral da cultura e da existência humana. Diante do contexto no mundo corporativo, as empresas buscam o máximo de desempenho dos funcionários e em contrapartida os trabalhadores tentam cumprir com que são demandados. Alguns indivíduos são motivados pela alta competitividade ou sentem necessidade de provar algo para si ou para outros e acabam tornando-se viciados no trabalho (workaholic) para atingir seus objetivos.

Existem várias definições para workaholic. O termo deriva do inglês e significa alguém que trabalha muito e que não consegue desligar-se do trabalho. Em 1971, o psicólogo Wayne Oates já estudava os efeitos causados pela compulsão por trabalho.

Os workaholics são identificados como viciados em trabalho, trabalhadores compulsivos ou dependentes do trabalho. O workaholic é também uma pessoa compreendida como viciada em trabalho, podendo apresentar disfunções físicas, mentais e emocionais, como aumento da pressão arterial, depressão, ansiedade, abuso de álcool e outras drogas, síndrome de burnout, afastando-se das pessoas próximas, como familiares, companheiros, amigos, desenvolvendo apenas atividades relacionadas ao trabalho e vivendo em função delas (Soares,2018).

Características como a compulsão e o vício pelo trabalho, quando associado a altos níveis de estresse, possibilitam o adoecimento, afetando a saúde do workaholic de forma integral. A pessoa que possui esse comportamento sofre bastante, pois resulta em péssima qualidade de vida, e consequentemente, a saúde começa a manifestar-se negativamente.

Diante deste cenário é muito importante o papel do psicólogo dentro das organizações, uma vez que este deve buscar por meio de ferramentas, técnicas e estratégias, desenvolver e implantar programas de proteção, valorização, saúde e satisfação do trabalhador, em consonância com a dinâmica organizacional. Quando existirem demandas que estão fora dos limites de cuidado da organização, cabe ao psicólogo identificar e indicar esse sujeito para uma possível intervenção individual, ou seja, encaminhá-lo para a psicoterapia que irá auxiliar na busca pelo equilíbrio entre o contexto laboral, psicológico e social do sujeito.

 

Referências:

GOMES, Tailá Santiago. Workaholism, alienação e fatores de risco laborais e psicossociais: Uma revisão sistemática na literatura brasileira. 2016.

SOARES, Aline Raquel de Lima. A influência do workaholismo no comportamento interpessoal em empresas. 2018.

https://www.sinonimos.com.br/workaholic.