A comunicação está presente em todas as esferas da vida humana e é imprescindível. A incapacidade de comunicar-se bem, gera diversos problemas, como dificuldade no relacionamento interpessoal, violência verbal, problemas de saúde etc.
Em 1960, o psicólogo Marshall Rosenberg desenvolveu um método chamado Comunicação Não Violenta (CNV), que consistia no desenvolvimento da fala e da escuta de uma maneira consciente, empática e respeitosa, sendo observados os comportamentos, emoções dos interlocutores e suas necessidades. A Comunicação Não Violenta (CNV) é a capacidade de se expressar sem julgamentos e classificações como o certo e o errado. Não é direcionada para aqueles que buscam sempre vencer um debate, contra-argumentando de forma impositiva para provar seu ponto de vista.
A Comunicação Não Violenta é alicerçada em 4 pilares, quais sejam, a observação (prestar atenção no que está acontecendo na situação presente, focando na mensagem recebida através de palavras ou ações sem julgamento, tentando compreender), os sentimentos (entender quais sentimentos a situação gera e nomeá-los), as necessidades (perceber necessidades que precisam ser expressadas pelos interlocutores, através das necessidades será feito o pedido) e o pedido (é importante seja claro numa linguagem positiva para evitar ambiguidades ou dúvidas).
Mesmo que não considere violenta a forma como se fala, muitas das vezes as palavras usadas na comunicação, machucam e causam dor (Rosenberg, 2006).
Para que conflitos sejam evitados ou solucionados, nas organizações, universidades, escolas, mediações, judiciário, repartições públicas ou privadas, lares e outros é preciso “harmonizar as causas dissociativas, apaziguar os debates verbais e estabelecer um fluxo de conversa compassiva entre as pessoas.” (Mussio; Serapião, 2017).
Mesmo diante de tanta violência que são mostradas cotidianamente e um mundo cada vez mais polarizado, comece a usar os princípios da CNV. Não é uma tarefa fácil. É um exercício diário, que diminui situações estressantes, favorecendo uma melhor qualidade de vida.
Referências:
MUSSIO, Rogéria Albertinase Pincelli; SERAPIAO, Adriane Beatriz de Souza. (Inter)mediação latente de conflitos e comunicação não violenta na atividade Secretarial. Perspectivas em Gestão & Conhecimento, João Pessoa, 2017.
ROSENBERG, Marshall B. Comunicação não-violenta: técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais. Tradução Mário Vilela. 4. ed. São Paulo: Ágora, 2006.