Ah, o amor! Como defini-lo? O termo “amor” surgiu do latim “amor”, palavra que tinha o mesmo significado que tem atualmente, sentimento de afeição, paixão e grande desejo, podendo se manifestar de diferentes formas, através do amor físico, amor romântico, amor platônico, amor altruísta, amor-próprio, dentre outros.
O amor é um tema estudado em várias áreas, porém não existe um consenso na sua definição. Até meados do século XX, a psicologia não investigava o amor porque acreditava que este sentimento não constituía um objeto que pudesse ser estudado cientificamente e deveria ser considerado por áreas como a filosofia (Weis,2006). Entretanto, em 1954, Maslow chamou a atenção para o fato do amor ser central na vida das pessoas, portanto deveria ser foco de estudos psicológicos. Para Freud o amor estava baseado na energia libidinal, ou seja, o amor e o desejo são um a função do outro.
Embora sejam muitas as possibilidades de entendimento sobre o amor, algumas teorias se destacam, recentemente, o amor tem sido entendido como demonstração de confiança recíproca e da entrega entre um casal, também as novas formas de relações mediadas pelas tecnologias têm caracterizado o amor como relação que visa a satisfação rápida de interesses próprios (Paura & Gaspar, 2017).
Para que ocorra o amor é necessário que um complexo de fenómenos neurobiológicos aconteçam, baseado em atividades cerebrais que desencadeiam o desejo, a confiança, o prazer, a felicidade, e a recompensa, envolvendo então a ação de “mensageiros químicos”, por esta razão não se pode obrigar alguém a amar, se isto não for “neurobiologicamente possível”.
A relação saudável deve ser centrada na confiança, respeito, desejos, gostos, humor, dentre outros, sendo preservada a individualidade de cada um. Cada pessoa possui maneiras diferentes de viver e sentir o amor, seja ele saudável ou não. O amor patológico é geralmente manifestado pela dependência da pessoa amada, acompanhada de sentimentos de baixa autoestima e obsessão. A psicoterapia pode ajudar quem sofre com o amor patológico, a colocar em prática comportamentos mais adequados, evitando assim, a obsessão e a dependência pelo outro.
Referências:
Weis, K., R. J. Sternberg & K. Weis (Eds.), A nova psicologia do amor, 2006.
Freud, S. Observações sobre o amor transferencial (novas recomendações sobre a técnica da psicanálise). In S. Freud, Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas (vol. XII). Rio de Janeiro: Imago. 1987 (Original publicado em 1914).
Paura, M. D. C., & Gaspar, D. (2017). Os relacionamentos amorosos na era digital: Um estudo de caso do site par perfeito. Revista Estação Científica.
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