Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a ansiedade corresponde a um dos principais problemas de saúde mental a nível mundial. Praticamente todos nós já sentimos ou sentiremos ansiedade em algum momento. Com o advento da pandemia de COVID-19, no primeiro ano, a prevalência global de ansiedade e depressão aumentou em 25%, de acordo com um resumo científico divulgado em março de 2022 pela (OMS).
“As informações que temos agora sobre o impacto da COVID-19 na saúde mental do mundo são apenas a ponta do iceberg”, mencionou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor geral da OMS. “Este é um alerta para que todos os países prestem mais atenção à saúde mental e façam um trabalho melhor no apoio à saúde mental de suas populações”.
E você, sabe o que é ansiedade, os sintomas e quando procurar ajuda?
A ansiedade é definida como estado de humor desconfortável, apreensão negativa em relação ao futuro, inquietação interna desagradável. Inclui manifestações somáticas e fisiológicas (dispneia ou desconforto respiratório, taquicardia, vasoconstrição ou vasodilatação, tensão muscular, parestesias, tremores, sudorese, tontura etc.) e manifestações psíquicas (inquietação interna, apreensão desagradável, desconforto mental, expectativa ruim em relação ao futuro etc.). (Dalgalarrondo,2019).
Em contrapartida, a ansiedade é uma reação natural, sendo considerada um mecanismo de sobrevivência para lidarmos com situações que nos oferece perigo. É normal sentir ansiedade diante de situações novas ou desconhecidas, situações em que precisamos tomar decisões importantes, situações estressantes, situações com alto grau de pressão, dentre outras.
A ansiedade torna-se patológica quando passa a atrapalhar o dia a dia, ou seja, a pessoa sente-se ansiosa a maior parte do tempo sem nenhum motivo aparente. Pode manifestar-se também de forma tão intensa que o indivíduo se sentirá paralisado. Experenciar a ansiedade pode ser tão desconfortável que as pessoas evitam fazer coisas rotineiras e simples como usar o elevador por causa da sensação que a situação provoca.
Quanto ao tratamento, é importante a busca por psicoterapia, o acompanhamento médico para prescrição de medicamentos e a combinação dos tratamentos tanto psicológico quanto medicamentoso. A maior parte das pessoas, depois de algumas semanas de tratamento começam a sentir melhora e retornam suas atividades. Por isso é necessária a procura de ajuda especializada.
Referências:
Dalgalarrondo, P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artmed, 2019.
https://www.who.int/eportuguese/onlinelibraries/pt/